quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Lições para uma geração que perdeu o temor de Deus

O início do livro de Levítico apresenta as principais ofertas que eram trazidas ao SENHOR no culto israelita primeiro, no Antigo Testamento. O povo de Israel, tendo um perfil pastoril e originalmente nômade, só poderia oferecer a Deus o que tinha: os seus animais. Daí a lógica da predominância dos sacrifícios. Quando chegamos ao capítulo 6 de Levítico, vemos que as ofertas são retomadas, repetidas. O texto aborda a oferta do holocausto, depois do cereal (indevidamente chamada de manjares), oferta pelo pecado, pela culpa e a oferta de comunhão; mas, agora o enfoque é um pouco diferente, pois na repetição das ofertas destaca-se o papel do sacerdote, de Arão e seus filhos, e seus descendentes.

Levítico fala sobre como é que eles devem lidar com a regulamentação para cada uma das ofertas exigidas por Deus. Por exemplo, em Levítico 6.16 lemos: “Arão e seus filhos comerão o restante da oferta, mas deverão comê-lo sem fermento e em lugar sagrado, no pátio da Tenda do Encontro”. Esse mesmo tipo de orientação aparece também no capítulo sete, reforçando a proibição de comer gordura, de comer sangue, e o final do capítulo trata da porção dos sacerdotes.

Prosseguindo em Levítico, nota-se que os capítulos 8-10 vão falar mais especificamente de Arão e de sua família. Arão e seus filhos recebem a atenção do texto: “Traga Arão e seus filhos suas vestes, o óleo da unção, o novilho para a oferta pelo pecado, os dois carneiros e o cesto de pães sem fermento; e reúna toda a comunidade à entrada da Tenda do Encontro. Moisés fez como o Senhor lhe tinha ordenado, e a comunidade reuniu-se à entrada da Tenda do Encontro”. (Lv 8.1-4).

Foi nessa ocasião que Arão e seus filhos são consagrados como sacerdotes. E logo eles começam efetivamente seu ministério, conforme se vê no capítulo 9 de Levítico.

Todavia, a grande questão: O que é de fato um sacerdote? Como é que essa função deve ser vista no Israel antigo? O sacerdote é uma figura que aparece inicialmente no livro de Êxodo e que tem a ver com a intermediação entre Deus e o homem. Assim, o sacerdote se distingue, por exemplo, do profeta. O profeta traz a Palavra de Deus ao homem, ou seja, ele apresenta Deus aos homens. Já, o sacerdote, ao contrário, apresenta o homem a Deus. Sua função é atuar nessa intermediação entre Deus e o homem por causa da realidade do pecado. Assim, nessa provisão da graça divina, o sacerdote era a figura desse intermediário que oficiava esses sacrifícios e ofertas para reestabelecer a comunhão entre a pessoa e Deus. É a partir dessa compreensão que vamos entender que Jesus é o nosso sumo sacerdote, no sentido em que ele estabeleceu essa intermediação entre Deus e o homem, em sintonia com esse enfoque que começa com a figura de Arão e seu sacerdócio.

Arão, irmão de Moisés, é descrito na Bíblia como o primeiro sacerdote e também sumo sacerdote, que estava na posição de exercer esse ofício de estabelecer a comunhão entre o antigo israelita e o próprio Deus. No Novo Testamento, fica claro que Cristo é o sumo sacerdote por excelência e definitivo. Vale ressaltar que o sumo sacerdote era responsável pelo tabernáculo e pelas ofertas e sacrifício diários que deveriam ser oferecidos, inclusive em todas as festas de Israel, a Páscoa, o Pentecoste (Shavuot), Tabernáculos (Sucot) e também no Dia da Expiação (Yom Kippur).

O sumo sacerdote usava vestimenta especial, compatível com sua função. Na cabeça ele usava um turbante (mitra) com uma coroa, e se vestia com um calção de linho, depois uma túnica branca e uma túnica azul; sobre essa túnica era posto um manto sacerdotal (éfode). Esse manto sacerdotal trazia sobre si o peitoral com as pedras que lembravam as doze tribos de Israel. No peitoral estavam o Urim e o Tumim, e nas ombreiras as pedras de ônix. A importância do sumo sacerdote era suprema. Afinal, ele lidava com Deus, com o sagrado, distante do homem pecador. Todo o sacerdócio tinha o objetivo de fazer com que a aproximação de comunhão entre Deus e o homem se tornasse uma realidade. Assim, Êxodo e Levítico nos revelam como o sacerdócio se estabeleceu, como foi iniciado com Arão e sua família, e como isso se tornou permanente depois na comunidade de Israel, na relação cúltica entre Deus e o seu povo.

Assim, Levítico nos relata a consagração de Arão e de seus filhos, do início do seu ministério, no capítulo 9, ministério extremamente abençoado por Deus, pois quando terminou a consagração, o texto diz (v. 23-24): “Moisés e Arão entraram na Tenda do Encontro, e quando saíram, abençoaram o povo e a glória do SENHOR apareceu a eles. Saiu fogo da presença do SENHOR e consumiu o holocausto e as porções de gordura sobre o altar. E, quando todo o povo viu isso, gritou de alegria e prostrou-se, rosto em terra”. Deus mostrou sua aprovação, sua glória e seu poder neste momento especial. Foi extraordinário.

No entanto, o que nos surpreende nesse momento de tanta glória, de bênção desmedida da parte de Deus, é que o capítulo 10 nos traz um relato muito surpreendente, que chama a atenção: “Nadabe e Abiú, filhos de Arão, pegaram cada um o seu incensário, nos quais acenderam fogo, acrescentaram incenso, e trouxeram fogo profano perante o SENHOR, sem que tivessem sido autorizados. Então saiu fogo da presença do SENHOR e os consumiu. Morreram perante o SENHOR. Moisés então disse a Arão: “Foi isto que o SENHOR disse: ‘Aos que de mim se aproximam santo me mostrarei; à vista de todo o povo glorificado serei’. Arão, porém, ficou em silêncio” (Lv 10.1-3).

O que nos impacta tremendamente, porém, é que os filhos de Arão trazem um fogo não permitido perante Deus e são mortos na hora pela sua atitude de desprezo com respeito a santidade de Deus. Logo depois da ordenação sacerdotal, já aparece o fracasso humano. No momento mais sublime da história, ocorre a maior desgraça. E o texto prossegue mais adiante quando Moisés chama alguns integrantes ligados à família de Arão. Ele diz: “Venham cá; tirem os seus primos da frente do santuário e os levem para fora do acampamento” Aqueles que tinham morrido, Mizael e Elzafã tiraram os cadáveres de seus parentes.

“Então Moisés disse a Arão e a seus filhos Eleazar e Itamar: Não andem descabelados, nem rasguem as roupas em sinal de luto, senão vocês morrerão e a ira do Senhor cairá sobre toda a comunidade. Mas os seus parentes, e toda a nação de Israel, poderão chorar por aqueles que o SENHOR destruiu pelo fogo. Não saiam da entrada da Tenda do Encontro, senão vocês morrerão, porquanto o óleo da unção do SENHOR está sobre vocês”. E eles fizeram conforme Moisés tinha ordenado. Depois o SENHOR disse a Arão: “Você e seus filhos não devem beber vinho nem outra bebida fermentada antes de entrar na Tenda do Encontro, senão vocês morrerão. Vocês têm que fazer separação entre o santo e o profano, entre o puro e o impuro, e ensinar aos israelitas todos os decretos que o SENHOR lhes deu por meio de Moisés”. (Lv 10.6-11)

A função do sacerdote era uma função um tanto quanto complicada. Ele corria o risco de se acostumar com as coisas de Deus, com as coisas sagradas, porque elas faziam parte do cotidiano. Poderiam perder o respeito e a reverência por Deus e pelas ordenanças do SENHOR. E, aqui, foi o que os filhos de Arão fizeram e, por isso, morreram fulminados. Vale ressaltar o que Deus diz: ‘Façam separação entre o santo e o profano, o puro e o impuro”. Isso significa: vocês não podem lidar com o sagrado de qualquer maneira. A coisa é muito séria! É a determinação divina.

Prosseguindo, o capítulo 10 vai encerrar a discussão sobre o fato ocorrido, e o texto nos diz assim:

“Quando Moisés procurou por toda parte o bode da oferta pelo pecado e soube que já fora queimado, irou-se contra Eleazar e Itamar, os filhos de Arão que ficaram vivos, e perguntou: Por que vocês não comeram a carne da oferta pelo pecado no Lugar Santo? É santíssima; foi-lhes dada para retirar a culpa da comunidade e fazer propiciação por ela perante o SENHOR. Como o sangue do animal não foi levado para dentro do Lugar Santo, vocês deviam tê-lo comido ali, conforme ordenei”. Arão respondeu a Moisés: “Hoje eles ofereceram o seu sacrifício pelo pecado e o seu holocausto perante o SENHOR; mas, e essas coisas que aconteceram comigo? Será que teria agradado ao SENHOR se eu tivesse comido a oferta pelo pecado hoje?” Essa explicação foi satisfatória para Moisés”. (Lv 10.16-20)

O texto nos mostra o perigo terrível. Com fogo santo não se brinca. Na sequência do texto, vemos que os outros filhos de Arão ainda mostravam uma atitude de falta de compreensão da tremenda santidade dos sacrifícios que eram apresentados a Deus. A atitude era relapsa e indevida. A grande verdade é que há uma distância entre Deus e o homem, uma distância marcada pela realidade do pecado humano e de nossa condição de criatura limitada. O reconhecimento de Deus, de seu poder e de sua presença, deve nos trazer uma atitude de profunda reverência e respeito, e a profunda compreensão sobre o que significa santidade.

Nesse texto, nós vemos uma ironia terrível, pois, os próprios filhos de Arão, o maior sumo sacerdote da história, não souberam agir de modo adequado diante de Deus. De quem mais esperamos vem a maior decepção. Foi Arão que fez o bezerro de ouro, foram os seus filhos que cometeram sacrilégio. Todos os que lidam com o sagrado correm grande risco, se não se lembrarem como são frágeis, pecadores e dependentes do único Deus. É impressionante, mas foi por oferecerem um fogo bem diferente, um fogo profano, que eles acabaram sendo mortos pelo próprio SENHOR.

Mas, a pergunta ainda fica no ar: Que fogo é esse? O fogo aqui é chamado de fogo profano. Em algumas versões antigas da Bíblia traduzem por “fogo estranho”. Não faz muito sentido. O texto não traz maiores detalhes. Todavia, não é difícil perceber que se trata de um fogo não autorizado. A questão que está envolvida aqui é que Deus tinha dado suas regulamentações detalhadas que tratavam dos sacrifícios e ofertas, e da relação deles com a sua santidade. Não sabemos exatamente o que eles fizeram. Mas, sabemos com que atitude fizeram. Trouxeram um fogo, um sacrifício, sem se preocupar com a ordem e determinação dada por Deus. É o suficiente! Isso mostra desrespeito, desconsideração, uma atitude de total repúdio ao que Deus ordenou. Por isso, eles foram tão severamente punidos. A dificuldade que temos é que geralmente achamos que um problema entre as pessoas é algo muito sério, como o homicídio, mas, quando se trata da nossa relação com Deus, não é tão sério assim. É possível dar um jeito. Aqui, vemos que Deus está mostrando que a sua santidade, a sua pessoa, precisa ser devidamente respeitada e adorada. Errar nisso é fatal.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

O que é a segurança da salvação?


No Novo Testamento, a palavra grega para a segurança é «Plerophoria», plena certeza. Surge quatro vezes:

«Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós» (1 Tessalonicenses 1:5).

«Desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança» (Hebreus 6:11).

«Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa» (Hebreus 10:22).

«Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo» (Colossenses 2:2).


A segurança da salvação é a firme e plena convição e o conhecimento de ser salvo, de ter recebido o perdão dos pecados uma vez para sempre. É saber que o dom de Deus é seguro eternamente.

Essa segurança traz uma paz baseada na graça que nos foi revelada na obra que Cristo cumpriu na cruz (cf. Romanos 5:1 + Efésios 2:5 + 1 João 5:13).

Será que a segurança da salvação vem automaticamente com o novo nascimento?
Não. Quando o evangelho completo é pregado e recebido, os dois podem muito bem coincidir no tempo, mas muitas vezes, o crente nascido de novo leva algum tempo para receber essa segurança.

Esta falta de segurança não é o estado normal de um crente (é por isso que a Bíblia não fala muito sobre este caso, ou mesmo não fala nada disso), mas infelizmente, é muito comum entre os crentes. O que é claro, porém, é que o apostolo João escreveu a sua primeira epístola com o objetivo declarado que os destinatários pudessem «saber» que tinham a vida eterna (1 João 5:13).

Como é que a segurança da salvação se produz num crente?
Basicamente, a segurança da salvação é produzida através do trabalho do Espírito Santo dentro de nós. O Espírito Santo atesta com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Romanos 8:16). O Espírito Santo usa a Palavra de Deus a fim de trazer essa segurança, da mesma forma que usa a Palavra para produzir a convição dos pecados e o novo nascimento.

O que é que posso fazer para obter a segurança da salvação?
O primeiro passo é tomar nota do facto que o crente tem duas naturezas, e que a velha natureza é irremediavelmente má. A carne não pode ser reparada ou melhorada. Uma vez que isso for aceitado pela fé, precisamos de desviar os olhos de nós mesmos e olhar para Cristo e a sua obra. Os nossos pecados nos são perdoados «pelo seu nome» (1 João 2:12).

A segurança não será encontrada nos nossos sentimentos, nem no nosso crescimento espiritual (de qualquer modo estamos mal posicionados para formar um juízo sobre isso), nem na nossa fidelidade, nem no nosso serviço.

Nós só podemos encontrar a segurança da salvação considerando e confiando nas declarações claras da Palavra de Deus. Só Deus é competente para julgar o valor do sacrifício de Cristo. Deus ressuscitou Cristo como o sinal da sua aprovação e apreciação, e exaltou-o à sua direita (Hebreus 10:12 + Romanos 8:34).

Será que 2 Coríntios 13:5 não nos exorta a examinar-nos a nós mesmos?
À primeira vista, parece fazê-lo. O versículo diz: «Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados».

No entanto, é preciso ler a frase inteira, que na verdade começa no versículo 3: «Visto que buscais uma prova de Cristo que fala em mim...» Como sempre o contexto dá a resposta. Haviam aqueles que questionavam a missão apostólica de Paulo, e que tentavam desacreditá-lo. A resposta do apostolo Paulo quer dizer: «Isso não faz sentido, basta olhar para vós mesmos! O próprio facto que vocês são crentes é o selo de aprovação do meu ministério e da minha missão». Paulo exortou os coríntios a examinar-se, precisamente porque eles foram salvos, e não para descobrirem se eles fossem salvos.

Qual é o resultado da segurança da salvação?
A segurança da salvação dá uma paz estabelecida e uma valorização da graça na qual estamos firmes (Romanos 5:1-2). Permite-nos desfrutar da nossa salvação e ter alegria na esperança da glória de Deus (Romanos 5:2).

Como C.H. Mackintosh disse: «Ficar feliz sem segurança da graça de Deus, é ficar feliz à beira de um abismo em que eu possa, a qualquer momento, cair e desaparecer para sempre».

Além disso, é apenas com a certeza da salvação que podemos receber instruçôes e aprender a verdade. Por isso João diz: «Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados» (1 João 2:12).

A segurança da salvação é vital se quisermos viver na alegria e na comunhão com o Pai e com o Senhor, andando no Espírito (Romanos 8:4), e dando real adoração por uma graça tão grande (Hebreus 10:22).

Sombras de Jesus Cristo no Velho Testamento

JonasProfecia sobre Jesus CristoJonas passou pelas entranhas do peixe antes de pregar às nações a Palavra de Deus que leva ao arrependimento e à salvação.
«1 E orou Jonas ao SENHOR, seu Deus, das entranhas do peixe. 2 E disse: Na minha angústia clamei ao Senhor, e ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz. 3 Porque tu me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado por cima de mim...
5 As águas me cercaram até à alma, o abismo me rodeou, e as algas se enrolaram na minha cabeça. 6 Eu desci até aos fundamentos dos montes; a terra me encerrou para sempre com os seus ferrolhos; mas tu fizeste subir a minha vida da perdição, ó Senhor meu Deus...
10 Falou, pois, o Senhor ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra seca.»
(Jonas 2:1-10)

Jesus Cristo passou pela morte e ressuscitou a fim de que a salvação pela graça seja pregada entre as nações.
«Livra-me, ó Deus, pois as águas entraram até à minha alma. Atolei-me em profundo lamaçal, onde se não pode estar em pé; entrei na profundeza das águas, onde a corrente me leva.» (Salmo 69:1-2)

«Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas.» (Salmo 22:14)

«Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, e em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações…» (Lucas 24:46-47)

Contraste com Jesus CristoTal como Jonas, nós somos servos de Deus com muitas falhas. Deus manda Jonas para pregar na cidade de Nínive, mas Jonas vai no sentido oposto.
«E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença. Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do Senhor para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do Senhor.» (Jonas 1:1-3)

Jesus Cristo veio ao mundo com o firme propósito de cumprir a vontade de seu Pai. Ele seguiu um caminho certo sem hesitar e sem andar para trás.

«Então disse: Eis aqui venho (No princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade.» (Hebreus 10:7)

«Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração.» (Salmo 40:8)

Contraste com Jesus CristoJonas fica insatisfeito ao ver as pessoas de Nínive voltando-se para Deus, pois Jonas não recebe nenhuma glória para si mesmo.

«E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez.» (Jonas 3:10)

«Mas isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado. E orou ao Senhor, e disse: Ah! Senhor! Não foi esta minha palavra, estando ainda na minha terra? Por isso é que me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que te arrependes do mal.» (Jonas 4:1-2)

«Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam.» (Atos 17:30)

«Deus nosso Salvador… quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.» (1 Timóteo 2:3-4)

Jesus Cristo alegra-se quando os pecadores se voltarem para Deus. Ele faz tudo para a glória de seu Pai e Deus.

«Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai após a perdida até que venha a achá-la? E achando-a, a põe sobre os seus ombros, jubiloso; e, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida…
Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.» (Lucas 15:4-6+10)

«Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz.» (Hebreus 12:2)

«Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito.» (Isaías 53:11)

A Bíblia é água

Todos têm sede espiritualmente
Existe uma necessidade em cada um de nós para amor, alegria, paz e justiça.

As almas dos homens estão a procurar constantemente a ser satisfeitas. Mesmo as melhores coisas do mundo darão de novo lugar à sede.

Jesus Cristo diz:
«Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna» (João 4:13-14).

«A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida» (Apocalipse 21:6).

A água dá vida
Só há uma pessoa que pode satisfazer a sede da nossa alma para sempre Jesus Cristo.

«Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre» (João 7:37-38).

A água traz vida
A semente precisa de água para transformar-se num organismo. A Palavra de Deus não é apenas a semente divina, mas também a água que produz vida eterna através de um novo nascimento espiritual.

Jesus Cristo diz: «Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus» (João 3:5).

A água dá crescimento
Uma plantinha precisa de água para crescer forte e produzir frutos.

«Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto» (Jeremias 17:7-8).

Dois jardins – qual é o teu?
«O Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam» (Isaías 58:11).

«Os transgressores e os pecadores serão juntamente destruídos; e os que deixarem o Senhor serão consumidos. Porque vos envergonhareis pelos carvalhos que cobiçastes, e sereis confundidos pelos jardins que escolhestes. Porque sereis como o carvalho, ao qual caem as folhas, e como o jardim que não tem água» (Isaías 1:28-30).

A água viva
A água deve fluir para permanecer pura.

O crente tem que beber diariamente da Palavra de Deus e entregá-la para aqueles que o rodeiam para as bênçãos de todos.

«A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido» (Provérbios 11:25).

A água é purificadora
A fé na Palavra de Deus lava os pensamentos mistos dos nossos corações naturais e deixa-nos ver claramente o caminho que devemos seguir.

O Senhor Jesus quer que sejamos salvos e tenhamos uma vida santa.

Na sua oração ao Pai pelos seus discípulos, ele diz: «Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade» (João 17:16-17).

«Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar (= proteger) as vossas almas» (Tiago 1:21).

Porque usa uma cruz ao pescoço?

É um acessório de moda?
Um presente de uma pessoa querida?
Um amuleto?
Um sinal da sua pertença a um grupo religioso?
Ou deseja mostrar que dedica a sua vida a Jesus Cristo?

A cruz
A crucificação foi inventada pelos Romanos para matar os seus piores inimigos. É exatamente o tormento que Jesus Cristo suportou. A cruz mostra que os homens rejeitaram Jesus Cristo e que os homens são culpados diante de Deus.

Será que não é verdadeiramente crente?
Se o leitor usar uma cruz sem crer no seu coração que Jesus Cristo morreu para o salvar dos seus pecados, então traz consigo o sinal da sua própria culpa e da sua condenação perante Deus.

Será que é um crente convencido?
Se o leitor já aceitou Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal, pode olhar para a cruz com um grande alívio e agradecer a Deus. Os seus pecados são perdoados para sempre!

«Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós» (1 Tessalonicenses 5:9-10).

Questão seguinte…
Se o leitor é salvo, em que medida a morte de Cristo na cruz modifica a sua forma de viver no mundo?

«Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo» (Gálatas 6:14).

«Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim» (Gálatas 2:20).

Aquele que é redimido pelo sangue de Jesus Cristo pertence agora a Jesus Cristo. Existe agora uma cruz entre si e o mundo. Já não tem que viver no pecado como aqueles que não são salvos.

«Qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo» (Lucas 14:27).

Para seguir Jesus Cristo e o ensinamento do evangelho, deve levar a sua cruz diariamente, não de uma forma física ao redor do pescoço, mas espiritualmente. Isto quer dizer que renuncia aos maus prazeres do mundo e faz o que manda a Bíblia para agradar a um Cristo que foi rejeitado do mundo.

Jesus Cristo não o redimiu para o deixar continuar a viver no pecado
A Bíblia diz que cada redimido tem de «andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus» (Colossenses 1:10).

É absolutamente necessário ler pessoalmente a Bíblia e crescer no conhecimento de Jesus Cristo. Isto pode fazer-se em casa pois cada redimido tem um acesso direto a Deus.

Escute bem!
Será que a sua consciência ouve o chamamento de Jesus Cristo?
​«Eu fiz tanto por ti… e tu, o que fazes por mim?»

«O amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou» (2 Coríntios 5:14-15).

As sete palavras de Jesus Cristo na cruz