
O estudo da profecia bíblica nos faz cristãos mais qualificados, mais capacitados e ativos, cristãos que têm Jesus no centro de suas vidas e que vivem e agem adequados a essa realidade. Cristãos que se aprofundam nas profecias estão convictos que Deus sempre cumpre o que prometeu e que Ele detém a palavra final acerca da história mundial e do plano da salvação.
A
profecia bíblica não serve para satisfazer a pura curiosidade nem para
especulações malucas ou para “revelações” particulares. Pelo contrário,
ela nos fará praticantes da Palavra, cristãos com Jesus no centro de
suas vidas, que vivem e agem de acordo com essa realidade. O próprio
Senhor nos exorta a analisar o tempo em que vivemos à luz da profecia
bíblica.
A
destruição do Templo e de Jerusalém. Jesus verdadeiramente chocou Seus
discípulos quando anunciou a destruição do Templo (veja Mt 24.1-2), que o
rei Herodes havia restaurado e embelezado durante algumas décadas.
Mesmo que o general Tito tenha ordenado explicitamente, 40 anos mais
tarde por ocasião da tomada de Jerusalém pelos romanos, que seus
soldados não tocassem no Templo, muito menos o destruíssem, foi
justamente isso que aconteceu no ano 70 d.C., quando se cumpriu o que
Jesus havia predito (Lc 19.41-44; Lc 21.24). Essa era a retribuição
divina pela rejeição dos judeus ao Messias feito carne. Para nós, tudo
isso já é história! Será que reconhecemos, entrelaçado na história, o
cumprimento da Palavra Profética?
Apesar
dos surpreendentes e espantosos acontecimentos experimentados nestes
dias, o maior de todos os sinais do fim dos tempos - e, contudo, o menos
enfatizado - é o retorno do povo judeu à Terra Prometida e a fundação
do Estado de Israel.
Israel: o objeto da profecia
Fazemos
bem em compreender que os sinais do final dos tempos dados pelo Senhor
sãoespecificamente direcionados a Israel. Quando Jesus explicou os
eventos dos tempos finais a Seus discípulos juntamente com os sinais que
aconteceriam antes de Sua volta, Ele endereçou essas palavras ao povo
de Israel.
Temos duas características muito claras mencionadas em Mateus 24, que identificam esse povo:
1. "Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes" (v. 16). Isto
é uma referênciageográfica, e não diz respeito à Igreja de Jesus
Cristo. Se vivemos nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa, ou em
outras partes do mundo, não somos conclamados a fugir para as montanhas
da Judéia, pois as palavras foram dirigidas aos "que estiverem na Judéia".
2. Além disso, Jesus está mencionando um motivo de oração: "Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado" (Mt 24.20). O sábado foi dado apenas aos judeus. Lemos nas Sagradas Escrituras, com relação ao sábado: "Tu,
pois, falarás aos filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis
os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para
que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica" (Êx 31.13). Portanto, Israel é o grande sinal dos tempos do fim para os gentios e para a Igreja!

Quase
todas as profecias preditivas falam sobre Israel e a vinda do Messias.
De fato, Deus declara aos israelitas que eles seriam um sinal para o
mundo.
Quase
todas as profecias preditivas falam sobre Israel e a vinda do Messias.
De fato, Deus declara aos israelitas que eles seriam um sinal para o mundo, glorificando-se a Si mesmo neles e através deles (Is 46.13). Em Isaías 43.10 Deus lhes diz: “Vós soisas minhas testemunhas... o meu servo a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que sou eumesmo,
e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum
haverá.” Em outras palavras, Deus usará aos judeus e à sua terra como
“testemunhas”, tanto para eles mesmos quanto para o mundo. Isso se dá
não somente quanto à Sua existência, como também mostrando que Ele está
ativamente envolvido em desenvolver a história de Israel e a cumprir Seu
propósito para toda a humanidade. A Profecia declara o plano de Deus de
antemão. E o propósito é que nós todos possamos “conhecê-lO”, crer nEle
e “entender” que somente Ele é Deus. A Profecia é a prova convincente
não apenas da existência de Deus, mas também de que a Bíblia é
exatamente o que diz ser – a Palavra de Deus.
Profecia, Promessa e Obediência
Aqui está um exemplo do testemunho profético de
Deus através de Israel: Ele declarou a Abraão (Gn 12.1; 15.18), a
Isaque (Gn 26.3), e posteriormente a Jacó (Gn 28.13) que lhes daria a
terra “desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates” (Gn 15.18), e
que essa Terra Prometida seria deles e dos seus descendentes para sempre
(Js 14.9). É um fato histórico, como registra o livro de Josué, que os
israelitas possuíram a terra que Deus lhes prometera. A promessa de Deus
era irrevogável, contudo, eles foram avisados por Deus de que, se não
Lhe obedecessem, Ele os tiraria da terra por algum tempo: os israelitas
desobedientes seriam “desarraigados da terra à qual passais para
possuí-la” (Dt 28.63). O povo foi desobediente e Deus fez o que dissera –
resultando no cativeiro do Reino do Norte (Israel) na Assíria e no
cativeiro do Reino do Sul (Judá) na Babilônia.
Jeremias
profetizou que os cativos retornariam da Babilônia para
Jerusalém “quando se cumprirem os setenta anos” (Jr 25.12). Mesmo assim,
uma dispersão dos judeus ainda mais devastadora foi anunciada: “O
Senhor vos espalhará entre todos os povos, de uma à outra extremidade da
terra...” (Dt 28.64). Esta, a última e maior Diáspora (Dispersão),
ocorreu quando os exércitos romanos sob o comando de Tito arrasaram
Jerusalém no ano 70 d.C. Os judeus foram realmente dispersos por todo o
mundo, como a Bíblia predisse, e a Palavra de Deus também nos fornece
detalhes de como eles seriam tratados: “...fá-los-ei um espetáculo
horrendo para todos os reinos da terra; e os porei por objeto de
espanto, e de assobio, e de opróbrio entre todas as nações para onde os
tiver arrojado” (Jr 29.18). Hoje isso é conhecido como anti-semitismo,
no entanto, foi profetizado por Moisés (Dt 28.37) há 3.500 anos atrás!
O Cumprimento das Profecias
Poderia
parecer que essa dispersão, juntamente com as perseguições e as
tentativas de aniquilação da raça judaica que a acompanharam, teria
colocado Deus numa situação insustentável. Afinal de contas, Ele
prometeu incondicionalmente a Abraão que a Terra Prometida “...que vês,
Eu ta darei a ti e à tua descendência, para sempre” (Gn 13.15).O Senhor
declarou também que apesar de Israel não ficar sem punição, Ele não
daria cabo dele completamente, mas ...“te livrarei das terras de longe e
à tua descendência das terras do exílio; Jacó [Israel] voltará...” (Jr
30.10-11).
O
fato de que uma minoria perseguida e dispersa possa ter vivido por dois
mil anos entre outras raças sem ter sido absorvida por elas
(especialmente quando, se o aceitasse, teria evitado uma perseguição sem
fim) e permanecido um grupo étnico identificável, é inconcebível –
certamente isso não foi por acaso e é algo sem precedente na história do
mundo. Adicione-se a isso o fato assombroso de que eles seriam
posteriormente ajuntados do mundo todo e trazidos de volta para a terra
que Deus lhes havia prometido há mais de três mil anos atrás. Contudo,
como o mundo sabe, isso aconteceu “oficialmente” em 1948, quando Israel
foi reconhecido como nação independente.
O Retorno de Israel à Terra Prometida


Desde
o retorno dos judeus a agricultura tem sido um dos maiores
empreendimentos econômicos de Israel. Esse país tão pequeno é agora o
maior exportador de frutas e vegetais para a Europa e até manda flores
para a Holanda!
Com
relação a essa restauração profetizada, a Bíblia fornece numerosos
detalhes do que aconteceria quando os judeus retornassem à sua terra.
Por exemplo, o livro de Isaías afirma: “Dias virão em que Jacó lançará
raízes, florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto o mundo” (Is
27.6). Oséias acrescenta que os israelitas retornarão:“...voltarão;
serão vivificados como o cereal, e florescerão como a vide; a sua fama
será como a do vinho do Líbano” (Os 14.7). No final do século XIX, o
escritor norte-americano Mark Twain, visitando a Terra Santa, notou que
ela estava quase que totalmente deserta. No entanto, desde o retorno dos
judeus a agricultura tem sido um dos maiores empreendimentos econômicos
de Israel. Esse país tão pequeno é agora o maior exportador de frutas e
vegetais para a Europa e até manda flores para a Holanda!
O Senhor dos Exércitos Guerreia por Israel
Os
profetas hebreus também previram que Israel teria uma capacidade
militar impressionante: “Naquele dia, porei os chefes de Judá como um
braseiro ardente debaixo da lenha e como uma tocha entre a palha; eles
devorarão à direita e à esquerda, a todos os povos em redor... Naquele
dia o Senhor protegerá os habitantes de Jerusalém; e o mais fraco dentre
eles, naquele dia, será como Davi, e a casa de Davi será como Deus,
como o Anjo do Senhor diante deles” (Zc 12.6,8). Até uma análise
superficial das três guerras nas quais Israel lutou para se defender da
ameaça de destruição por parte dos países árabes, mostrará evidências
esmagadoras de que elas são o cumprimento das palavras dadas por Deus a
Zacarias. Na guerra de 1948-49, que se seguiu à Independência, Israel
foi vitorioso apesar de ter um contingente de soldados e armas
desesperadamente menor. A assombrosa vitória de Israel, portanto, foi
nada menos do que um milagre. A Guerra dos Seis Dias, em 1967, foi ganha
tão rápida e decisivamente por Israel, contra todas as probabilidades,
que a revista “Newsweek” publicou a respeito um artigo intitulado
“Espada Veloz e Terrível”. A Guerra do Yom Kippur encontrou Israel
novamente com um número muito inferior de soldados, e, dessa vez, pelo
fato do ataque ter ocorrido num feriado religioso, o povo foi pego de
surpresa. No entanto, apesar de terem sofrido muitas baixas, esses
beneficiários das promessas de Deus puseram as forças árabes para
correr.
Uma Pedra Pesada Para Todos os Povos
Um
último item profético com respeito a Israel e Jerusalém (entre muitos
que poderiam ser mencionados) tem relação com sua posição no mundo de
hoje. Cerca de 480 a.C., Zacarias escreveu que Jerusalém se
tornaria “...um cálice de tontear... uma pedra pesada para todos os
povos...” (Zc 12.2-3). Essa profecia foi particularmente assombrosa
porque, no tempo em que foi feita, a situação de Jerusalém era tal que,
na melhor das hipóteses, a faria parecer ridícula. Uma parte dos
israelitas tinha recentemente retornado do cativeiro na Babilônia, para
uma Jerusalém que tinha estado em desolação por 70 anos. Seus muros
estavam destruídos, seus campos não tinham sido lavrados, e o povo
remanescente enfrentava problemas até na reconstrução do Templo, porque
não conseguia se livrar do assédio contínuo dos samaritanos da região.
Contudo, aproximadamente 2.500 anos mais tarde, Jerusalém realmente tem
se tornado “um cálice de tontear” para este mundo aflito,“uma pedra
pesada” que, a menos que os problemas ali sejam resolvidos, poderá levar
a uma guerra nuclear sobre todo o planeta.
A Profecia e a Salvação
Deus
é o Deus da Profecia. Ele é também o Deus da nossa salvação; e a
Profecia sublinha e aponta para a salvação. Israel foi escolhido por
Deus para o propósito primário de trazer o Messias ao mundo:...“para que
o mundo fosse salvo por Ele” (Jo 3.17). Quando o apóstolo Paulo fez as
suas viagens missionárias, seu método em cada cidade que visitava era
inicialmente entrar na sinagoga judaica e pregar que Jesus era o Messias
que Deus havia prometido. Na sinagoga da cidade grega de Beréia, os
judeus foram elogiados não somente por ouvirem o que o apóstolo tinha a
dizer, mas mais especificamente porque examinavam “...as Escrituras
todos os dias [para discernir]se as coisas [que ele dizia concernentes
ao Messias] eram, de fato, assim” (Atos 17.11). Apesar de não termos os
detalhes do que ele pregava, sabemos que há centenas de profecias
messiânicas às quais ele poderia ter-se referido.
As Profecias Concernentes ao Messias
Sem dúvida, Paulo enumerou para eles os critérios proféticos necessários para
que aspirantes à messianidade se qualificassem como o Cristo de Deus, o
Salvador de toda a humanidade: Ele deve ter nascido em Belém (Mq 5.2);
ser da tribo de Judá (Gn 49.10); ser da linhagem do rei Davi (Is 11.1);
ter nascido de uma virgem (Is 7.14); realizar milagres (Is 35.4-6);
morrer pelos pecados do mundo (Is 53.5,6,10); permanecer três dias e
três noites na sepultura (Jo 1.17); ressuscitar dentre os mortos (Sl
6.10).
Somente Jesus Preenche Todos Esses Requisitos

Como
aquilo que estava predito com relação à primeira vinda de Jesus foi
perfeitamente cumprido, podemos estar absolutamente confiantes de que
Deus também fará acontecer tudo o que predisse para o futuro.
Para
os bereanos do primeiro século, desejosos de mais informações sobre a
morte sacrificial do Messias, Paulo poderia ter fornecido tantos
detalhes descritivos tirados das profecias do Antigo Testamento
(escritas de 1500 a 400 anos antes do acontecido), que eles teriam se
sentido como se fossem testemunhas oculares dos fatos. Considere o
seguinte: Daniel nos dá a data exata em que o Messias entraria em
Jerusalém para ser proclamado Rei de Israel (Dn 9.25). Zacarias nos
conta que Ele viria montado num jumento (Zc 9.9) e que seria traído por
trinta moedas de prata (Zc 11.12); o traidor seria um amigo (Sl 41.9).
Isaías prediz que Ele ficaria silencioso perante Seus acusadores e seria
afligido e cuspido por eles (Is 53.7; 50.6). Moisés indicou que Ele
seria crucificado (Dt 21.22-23). O salmista nos fala que a multidão
presente à Sua crucificação iria escarnecer e zombar dEle, sacudindo
suas cabeças à Sua vista (Sl 22:7-8; 109.25); que Seus amigos olhariam
de longe (Sl 38.11); que soldados lançariam a sorte pelas roupas dEle
(Sl 22.16-18); que para matar Sua sede Lhe ofereceriam vinagre (Sl
69.21); Suas mãos e pés seriam traspassados (Sl 22.16); nenhum de Seus
ossos seria quebrado (Sl 34.20); as palavras exatas que Ele diria ao Pai
são registradas (Sl 22.1; 31.5). Zacarias escreve que o Seu lado seria
furado (Zc 12.10). Isaías declara que Ele morreria entre ladrões (Is
53.9,12) e que seria sepultado na sepultura de um homem rico (Is 53.9).
Além disso, Isaías nos dá as razões pelas quais o Filho de Deus foi para
a cruz: Ele foi“...ferido pelas nossas iniqüidades”; “...o Senhor fez
cair sobre ele a iniqüidade de todos nós”; “quando der ele a sua alma
como oferta pelo pecado...” (Is 53.5,6,10).Repetindo: só Jesus tem as credenciais para ser o nosso Salvador.
O
que dizer, então, de todas as profecias ainda a serem cumpridas? Como
aquilo que estava predito com relação à primeira vinda de Jesus foi perfeitamente cumprido, podemos estar absolutamente confiantes de que Deus também fará acontecer tudo o que predisse para o futuro.
A Importância das Profecias Bíblicas
Portanto,
que utilidade há na Profecia? Emprestando uma frase da Epístola aos
Romanos:“Muita, sob todos os aspectos” (Rm 3.2). O Senhor declara: “Quem
há, como eu, feito predições... Que o declare e o exponha perante mim!
Que esse anuncie as coisas futuras, as coisas que hão de vir! Não vos
assombreis nem temais; acaso desde aquele tempo não vo-lo fiz ouvir, não
vo-lo anunciei? Vós sois as minhas testemunhas...” (Is 44-7-8). A
Profecia Bíblica nos assegura que Deus existe e que somente Ele sabe as
“coisas que estão por vir”, e que nós, que cremos nEle, não temos razão
para andar temerosos. Mais do que isso, nós devemos ser as “testemunhas”
de Deus, usando a profecia bíblica como testemunho da verdade revelada
nas Escrituras e prova de que exclusivamente a fé em Jesus, Seu Filho
Unigênito, é a esperança da humanidade para a salvação. Vamos, portanto,
compartilhar as Boas Novas com entusiasmo: “...o Evangelho de Deus, o
qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas
nas Escrituras Sagradas, com respeito a Seu Filho” (Rm 1.1-3)!
Esse é um trabalho copilado
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