A prova do temperamento Será que para alguém ser pastor é necessário que tenha um determi nado temperamento? E evidente que não. Mas é preciso, sim, que tenha controle de seu temperamento. O apóstolo Pedro havia sido um homem impulsivo e volúvel. Num momento confessara a Jesus: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt 16.16); logo depois, ouviu a repreensão: “Arreda, satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (Mt 16.23); numa circunstância afirmou: “Senhor, estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte...” (Lc 22.23); depois disse: “não conheço tal homem” (Mt 26.72), negando a Jesus. O Espírito, contudo, moldou o apóstolo Pedro. Do alto de sua expe riência pastoral, afirmou que todo aquele que pastoreia o rebanho de Deus não pode agir como “dominador”. Ora, que é isso senão uma afirmação de que o temperamento de quem exerce o pastorado deve ser completamente submetido ao controle do Espírito de Deus?
O pastor dominador não é temperante, modesto ou cordato, com portamentos essenciais mencionados por Paulo em 1 Timóteo 3.3. O do minador não ouve os liderados é autocrático, não permite aos outros fazer escolhas, sente-se dono do rebanho e faz prevalecer sempre sua vontade. Tal pessoa não serve para o pastorado, de acordo com o apóstolo Pedro. c - A prova do caráter Finalmente, o apóstolo manda que os pastores sejam modelos para o rebanho. Essa foi a mesma preocupação que Paulo expressou para com Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te pa drão dos fieis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (1 Tm 4.12). A palavra grega traduzida por “padrão” nesse versículo é “typos”. Esse termo (tipo) está relacionado às artes gráficas. O tipo gráfico é um bloco de metal fundido ou de madeira que tem em uma de suas faces uma deter minada gravação em relevo. Através da impressão são feitas tantas cópias quantas necessárias. Assim deve ser o pastor: um tipo. Seu caráter deve ser reproduzido no rebanho. A dura verdade é que há uma crise de comportamento no mundo atu al. Essa crise tem sérios reflexos na igreja. Mas quem não tem condições de ser modelo, padrão para o rebanho, também não deve exercer o pastorado. O caráter íntegro e o amor incondicional ao Senhor são marcas da quele que atendeu a vocação divina. Paulo, em 1 Timóteo 3.1-7, enumera as qualificações necessárias para quem aspira ao ministério. E impossível ser pastor sem o fruto do Espírito na vida (G1 5.22,23). São essas qualidades que dão condições ao homem de Deus de desenvolver um pastorado eficaz, produtivo e abençoado.
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